Você lembra quando foi a primeira vez que escutou falar de marketing de influência?
Há anos, esse modelo vem se consolidando, expandindo e, naturalmente, se diversificando.
Na teoria, esse formato consiste em praticar ações focadas em indivíduos que exerçam influência ou liderança sobre potenciais compradores. E assim, cresceram os milhões de influenciadores que temos ao redor do mundo.
Em 2020, pesquisa divulgada pela agência MidiaKix indicou que 80% dos profissionais de marketing trabalham com influenciadores atualmente e o investimento nesse segmento deve atingir US$ 8 bilhões ainda este ano. Um artigo publicado no portal da Forbes também mostra que o marketing de influência está crescendo mais rápido do que os anúncios digitais tradicionais.
Percebe-se que o mercado de influência é uma potência. Afinal, ainda há espaço na internet para crescer. No entanto, a marca que trabalha com este formato não está fazendo uma aposta. Ela faz estudos por trás, analisa métricas, traça estratégias.
Um relatório da Brunch, firma expert em conteúdo, feito com o YOUPIX, consultoria de negócios de influência na América Latina, indica que 86,5% das 94 marcas brasileiras entrevistadas consideravam os influencers uma forma de obter bons resultados em campanhas. Por outro lado, este estudo feito com 134 marcas mostra que 70,3% delas pausaram alguma campanha com esses profissionais para reajustar estratégias.
Muitas marcas/empresas ainda se iludem somente com os números. Ter 1 milhão de seguidores brilha os olhos, claro. Imagina se você consegue impactar todas essas pessoas? No entanto, ter 1 milhão de seguidores não quer dizer necessariamente que você consegue converter essas pessoas. Quem lembra da história de Arianna Renee (a.k.a. Arii), uma influencer com mais de 2,6 milhões de seguidores no Instagram, que não conseguiu vender nem 36 camisetas de sua linha de roupas?
Escolher um influenciador é parte da estratégia da marca/empresa. Para isso, você precisa pensar:
- Qual objetivo da campanha?
- Qual orçamento?
- Esse influenciador conversa com o seu público?
- Essa é uma escolha coerente? Quais outras marcas já trabalharam com ele?
- Além do número de seguidores, analise a taxa de engajamento, a forma como ele interage nos comentários e nos stories
- Você compraria dessa pessoa?
Neste momento de decisão, diante de uma análise mais detalhada, marcas/empresas podem acabar optando por nano e microinfluenciadores. Dados da Linqia, empresa de marketing de influência, nos Estados Unidos, apontam que 78% dos profissionais de marketing dizem que querem trabalhar com microinfluenciadores.
Os nano acumulam de 1k e 10k e os micro de 10k a 100k seguidores em média. Normalmente, eles têm seguidores mais nichados. Para uma marca isso é maravilhoso. Segmentar aumenta as chances de construir uma comunicação mais assertiva.
Além disso, este perfil de influenciador digital cobra menos para fazer publi, é mais acessível e tem uma audiência mais fidelizada — o que pode impactar diretamente na taxa de conversão.
Já escrevemos aqui no #MASTIGADO sobre influenciadores x curadores e também sobre economia de criação. Ambos os assuntos estão diretamente correlacionados com perfis menores de influenciadores.
Sabe por quê?
Os menores têm uma imagem mais “gente como a gente”. A comunicação autêntica e realista tem mais aderência com a realidade de grande parte das pessoas – especialmente em meio à uma crise sanitária sem precedentes, não é mesmo?
Segundo a Airfluencers, o engajamento de nanoinfluenciadores, por exemplo, no Instagram, chega a ser seis vezes maior do que o de um influenciador com mais de um milhão de seguidores.
E é justamente por isso que o Instagram está investindo em uma série de ferramentas no Reels para destacá-los. O chamado “Reels Star Search” é uma espécie de busca semanal da ferramenta para descobrir novos talentos e dar mais visibilidade a eles na ferramenta.
Para as marcas, o negócio é monitorar esse público e curar quem faz sentido na sua estratégia. Compreender como otimizar, cada vez mais, o alcance de resultados assertivos, via esse novo perfil de influência, tornou-se um dos papéis do setor. Além do mais, nano e microinfluenciadores costumam ter o perfil de co-criadores nas campanhas, o que certamente traduz muito mais originalidade às publis, né?